a compensar o hiato: o post gigante de título médio

É tarde, muito tarde para, num blog habituado a estreias, trazer à baila um disco saído a meados do passado ano de dois mil e sete da graça do senhor,
digo eu que entendo de regra e negócios divinos
OU
não, não é tarde,
nada tarde, para falar de Beauty & Crime da autoria da glamourosa e veterana (quem não se lembra de Luka, que em '87 lhe abriu as portas para o mundo?) Suzanne Vega.
Não é tarde porque se inclui na categoria daqueles que vale sempre a pena voltar a ir buscar ao baú dado o aperceber a cantarolar o refrão de 'Zephyr & I' ou de 'New York is A Woman' - uma das mais belas homenagens musicais à metrópole que nunca se deixa adormecer, de entre as muitas que se lhe têm feito. Voz suave, disco pouco barulhento, a variar entre o rock e o pop com maior inclinação para o último, melancólico-mágico-trágico. É um disco homogéneo e por isso impossível de recordar como o disco da canção X ou Y, mas antes como um belo conjunto de canções indissociáveis entre si: uma completa a anterior e pede a seguinte, qual cadeia, qual ciclo, qual vício. Por isso, um excerto de beleza e crime, coisa mesmo à la cinèma:



"New York Is A Woman"
New York City spread herself before you
with her bangles and her spangles and her stars
you were impressed with the
city so undressed
you had to go out cruising all the bars

your business trip extended throug
h the weekend
suburban boy here for your first time
from the 27th floor above the midtown roar
you were dazzled by her beauty and her crime

and she's every girl you've seen in
every movie
every dame you've ever know
n on late night TV
in her steam and steel is the passion you feel
endlessly
New York is a woman she'll make you cry
and to her you're just another guy

look down and see her ruined places
smoke and ash still rising to
the sky
she's happy that you're here but
when you disappear
she won't know that you're
gone to say goodbye

and she's every girl you've seen in every movie
every dame you've ever known on late night tv
in her steam and steel is the passion you feel
desperately
New York is a woman sh
e'll make you cry
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Se eu já o havia profetizado, o Sound+Vision veio confirmar e aqui estou eu para o re-afirmar: Modern Guilt foi o disco deste Verão, ou foi pelo menos "o meu" disco de Verão.
Por sua vez, e sem querer de modo algum dizê-lo num tom depreciativo,
Beck continua a figurar carinhosamente na minha listinha de 'cromos'.
Não sei se já repararam mas o Beck é um rapaz porreiro: trabalhador, não diz asneiras, não deve beber nem fumar (?)... enfim, o meu pai havia de gostar dele...
Se já nos habituou a iguarias de qualidade não desapontou com este disco.
A prová-lo:
Orphans, Gamma Ray, Profanity Prayers, Walls, Volcano - as minhas preferidas.



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Por cá, Portugália à beira-mar plantada, dois fenómenos musicais estacados a norte e ao centro, emergem e, em plena e merecida ascenção, dão ares da sua graça. São eles,
os bracarenses,
PEIXE:AVIÃO,que debutam com o álbum 40:02 editado pelo Rastilho há não muitos dias, e seguem viagem com o 1º single/videoclipe na bagagem. De Braga, e com amor




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e ainda
DEOLINDA,de Lisboa. Anda nas bocas do mundo, a seduzir com um bailinho acústico-folclórico, e saia a condizer. Ela é Fon-Fon-Fon, Fado Toninho e patilhas, como compete. Assume-se como um dos mais interessantes projectos da produção musical nacional actual, a atravessar uma época dourada, para contrariar tudo o resto - é assim que elas se querem!

2 comentários:

  1. Este teu post despertou-me a curiosidade em relação aos Deolinda: Vi e ouvi e fiquei logo viciada! Corri à Fnac e comprei o CD deles (magnifico), já o divulguei a toda a gente e agora tenho que os ver ao vivo!
    Tudo graças a ti!
    Obrigado!**
    Pat

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  2. muito bem Linhas. isto é serviço público ;)

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