Amou daquela vez como se fosse a última Beijou sua mulher como se fosse a última E cada filho seu como se fosse o único E atravessou a rua com seu passo tímido Subiu a construção como se fosse máquina Ergueu no patamar quatro paredes sólidas Tijolo com tijolo num desenho mágico Seus olhos embotados de cimento e lágrima Sentou pra descansar como se fosse sábado Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago Dançou e gargalhou como se ouvisse música E tropeçou no céu como se fosse um bêbado E flutuou no ar como se fosse um pássaro E se acabou no chão feito um pacote flácido Agonizou no meio do passeio público Morreu na contramão atrapalhando o tráfego Amou daquela vez como se fosse o último Beijou sua mulher como se fosse a única E cada filho seu como se fosse o pródigo E atravessou a rua com seu passo bêbado Subiu a construção como se fosse sólido Ergueu no patamar quatro paredes mágicas Tijolo com tijolo num desenho lógico Seus olhos embotados de cimento e tráfego Sentou pra descansar como se fosse um príncipe Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo Bebeu e soluçou como se fosse máquina Dançou e gargalhou como se fosse o próximo E tropeçou no céu como se ouvisse música E flutuou no ar como se fosse sábado E se acabou no chão feito um pacote tímido Agonizou no meio do passeio náufrago Morreu na contramão atrapalhando o público Amou daquela vez como se fosse máquina Beijou sua mulher como se fosse lógico Ergueu no patamar quatro paredes flácidas Sentou pra descansar como se fosse um pássaro E flutuou no ar como se fosse um príncipe E se acabou no chão feito um pacote bêbado Morreu na contramão atrapalhando o sábado
E O MUNDO NÃO SE ACABOU Adriana Calcanhoto
Anunciaram e garantiram Que o mundo ia se acabar Por causa disso Minha gente lá de casa Começou a rezar...
E até disseram que o sol Ia nascer antes da madrugada Por causa disso nessa noite Lá no morro Não se fez batucada...
Acreditei nessa conversa mole Pensei que o mundo ia se acabar E fui tratando de me despedir E sem demora fui tratando De aproveitar...
Beijei a bôca De quem não devia Peguei na mão De quem não conhecia Dancei um samba Em traje de maiô E o tal do mundo Não se acabou...
Anunciaram e garantiram Que o mundo ia se acabar Por causa disso Minha gente lá de casa Começou a rezar...
E até disseram que o sol Ia nascer antes da madrugada Por causa disso nessa noite Lá no morro Não se fez batucada...
Chamei um gajo Com quem não me dava E perdoei a sua ingratidão E festejando o acontecimento Gastei com ele Mais de quinhentão...
Agora eu soube Que o gajo anda Dizendo coisa Que não se passou E, vai ter barulho E vai ter confusão Porque o mundo não se acabou...
Anunciaram e garantiram Que o mundo ia se acabar Por causa disso Minha gente lá de casa Começou a rezar...
E até disseram que o sol Ia nascer antes da madrugada Por causa disso nessa noite Lá no morro Não se fez batucada...
Acreditei nessa conversa mole Pensei que o mundo ia se acabar E fui tratando de me despedir E sem demora fui tratando De aproveitar...
Beijei a bôca De quem não devia Peguei na mão De quem não conhecia Dancei um samba Em traje de maiô E o tal do mundo Não se acabou...
Anunciaram e garantiram Que o mundo ia se acabar.. .
Esta é aquela música que dava uma bela duma curta e nem um videoclip lhe fizeram. Lamentável!
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