peço desculpa pela longa ausência, a mais longa desde o nascimento deste blog, mas a semana foi bastante complicada, assim de repente o único bom momento desta semana deve mesmo ter sido o concerto da amy winehouse, sempre deu para rir...
mas este post não é sobre ela, mas sim para mostrar a passagem dos The Ruby Suns pelos "Takeaway shows" da Blogotheque. grande momento musical...
pois é, devia-se educar os miúdos musicalmente desde pequenos. levar umas bandas e tal, logo enquanto eles estão na creche, para darem importância à música nas suas vidas... vejam este vídeo dos Frightened Rabbit, apresentado o single do seu segundo disco, e o ar de felizes dos petizes... tirando uma ou outra cara mais assustada parecem estar a gostar... e o pormenor delicioso dos desenhos no final...
em relação à banda, são da Escócia, foi formada pelos irmãos Scott e Grant Hutchison, a quem se juntaram mais tarde Billy Kennedy e Andy Monaghan. estão actualmente na editora Fat Cat Records (a mesma dos Animal Collective, Sigur Rós...) que lançou em Abril o segundo disco da banda "The Midnight Organ Fight".
Desapareci por uns tempos, andei escondida nas paredes da minha casinha perto de Marrocos (como alguns diriam). Pois é a saúde às vezes prega-nos partidas e começamos a pensar 5000 vezes nas coisas que realmente interessam... e chegamos à conclusão que de facto sem ela não há nada.. é pena dizer isto aqui neste específico blog.. mas andei esquecida da minha adorada música, nem dela me lembrei ficou lá longe no meio das outras recordações que na semana passada pareciam de tempos longínquos. Mas a verdade é que está tudo bem e a minha cabeça também anda mais rápido que o meu corpo.. costuma ter uma imaginação fértil e isso inquieta o meu cérebro. Bem, mas falando do que interessa já passou e estou de volta às lides virtuais e hoje venho expressar a minha felicidade, sim porque depois da tempestade vem a bonança, pelo facto de ter ganho um bilhetinho! Aliás, um não, dois.. para ver a menina Chan dia 26 de Maio... Como alguns de vocês sabem, ou não... sou algarvia e isto é chato quando se trabalha.. mas lá vou fazer um esforço ou tentar porque não se ganha coisas todos os dias.. Vou então saber se corre tudo bem ou se por outro lado é estranho como se diz por aí.. mas é sempre com prazer, e eu sei que vou gostar, ó se vou...
chegam da austrália fortemente influenciados pela cena post-punk e new-wave dos anos 80. ao segundo disco de originais alcançam o reconhecimento público e a estreia em palcos nacionais, mais propriamente no SW.
Sian Alice Group são uma banda britânica, andam actualmente em digressão com os Spiritualized e os The Black Angels, e tem um disco de estreia fantástico "59.59". A sua música consegue misturar vários estilos, nunca perdendo o bom senso e o bom gosto, transportando-nos com o seu som psicadélico e melódico. Uma banda definitivamente a não perder de vista...
cá vou eu falar mais uma vez dos The National (não me levem a mal) para falar do dvd que sai amanhã, ainda por cima acompanhado de um EP como oferta...
"A Skin, A Night" é um filme sobre os The National de autoria do realizador francês Vincent Moon (o gajo dos "Takeaway shows (Concert a emporter)" da Blogotheque). Vai ser lançado em dvd pela Beggars Banquet amanhã, dia 20 de Maio, e é acompanhado como disse, de um cd bónus, "The Virginia EP".
Descrição do dvd: "What goes on in A Skin, A Night, though, is not the stuff of well-rehearsed insider history. Nor is it a series of rock'n'roll clichés. Nor is it specifically concerned with the making of The National's fourth full-length album, Boxer, even though much of it was filmed during sessions for that record at Peter Katis's Bridgeport, Connecticut studio. A Skin, A Night is less a movie about The National than a movie about how music is made today -- not with classic rock bravado, or debauched indulgence, but through novelistic attention to detail, a collective implosion of personality, and worried worried nights.
When the association between Vincent and The National began, he wasn't yet known as the auteur behind Le Blogotheque's Les Concerts A Emporter aka The Take Away Shows. It was well before his tenure as image maker for R.E.M and Arcade Fire. And The National had yet to become one of the most beloved of the current crop of independent rock band.
A Skin, A Night is a sixty-minute portrait of impressions, mutual affection, and intimate moments you'd never otherwise see. If The National's lyrics seem to take us inside the human condition, Vincent Moon's images take us outside, documenting the beauty of the sounds made by our human skin.
A Skin, A Night will be packaged with The Virginia EP, which contains 12 tracks of demos, live versions, radio sessions and b-sides."
Alinhamento do "The Virginia EP": 1) YOU'VE DONE IT AGAIN, VIRGINIA (previously unreleased) 2) SANTA CLARA (UK b-side) 3) BLANK SLATE (UK b-side) 4) TALL SAINT (demo) 5) WITHOUT PERMISSION (unreleased cover) 6) FOREVER AFTER DAYS (demo) 7) REST OF YEARS (demo) 8) SLOW SHOW (demo) 9) LUCKY YOU (daytrotter session) 10) MANSION ON THE HILL (live) 11) FAKE EMPIRE (live) 12) ABOUT TODAY (live)
depois do grande disco de estreia em 2006, os Beach House, duo composto por Alex Scally e Victoria Legrand, voltaram este ano aos discos de originais. se o álbum homónimo foi bastante elogiado pela crítica, ficando mesmo no top 20 da Pitchfork nesse ano, este novo disco "Devotion" não fica nada atrás. existem já 3 vídeos oficiais para este disco. aqui ficam, são todos fantásticos:
"Heart Of Chambers"
"You Came To Me"
"Gila"
ps: estes já dão para deixar a tocar enquanto durmo :D
"Os Bunnyranch vão editar novo álbum de originais este ano e, de forma original, dividiram-no em duas partes: Teach Us Lord... , o lado A, sai para as lojas em Junho e tem como single de apresentação o tema «Top Top To the Top». ... How to Wait , o lado B, chega em Outubro.
A primeira parte do novo registo sucede a Lunadance , de 2006, foi gravada em Nova Iorque e conta com co-produção de Ivan Julian, guitarrista de bandas como Richard Hell & the Voidoids, The Outsets e Osaka Popstar. O lado B conta com produção do britânico Boz Boorer, guitarrista dos Polecats, e hoje guitarrista e director musical de Morrissey."
boas notícias portanto, aqui por estas bandas somos grandes fãs destes senhores...
como alguns de vocês sabem eu tenho por hábito dormir com música a tocar. vou à pasta "a minha música" do computador e meto tudo o que lá estiver a tocar em shuffle, baixinho claro, para não perturbar o sono. acontece que desde que tenho um disco dos Times New Viking lá na pasta, deixei de dormir descansado. foram já algumas as vezes em que acordo durante a noite com uma música destes meninos. é o que dá eles tocarem um som muito cru e alto como o caraças... o som deles está gravado pelo menos umas 2 ou 3 vezes mais alto do que o normal.
concerto ontem dos The National na aula magna foi perfeito, magnífico, emocionante (e muito emocional), memorável... é até redutor caracterizar o que ontem aconteceu como um concerto, aquilo foi mais uma sessão de terapia em grupo. todos os presentes ontem na aula magna estavam em perfeita sintonia. todos se reviam no Matt, que lá no palco cantava a sua dor, que é a nossa dor também, e fazemo-lo com um sorriso quase irónico no rosto, por termos do outro lado alguém com quem partilhar a nossa dor.
é difícil escolher momentos altos de um concerto que todo ele foi enorme. desde os momentos mais calmos e intimistas de "Daughters of the Soho Riots" ou "Slow Show", até às explosões em "Abel" e "Mr. November", em que o público fez de cheerleaders segurando nos braços o Matt enquanto ele saltava pelas cadeiras dos doutorais.
e como soube bem puder gritar a plenos pulmões "my mind's not right" e "I won't fuck us over" e ficar depois com aquela sensação de falsa calmaria, enquanto nos escorrem pingos de suor pela testa...
de salientar também o facto do Matt estar o suficientemente sóbrio para não se ter enganado nunca nas letras...
agora é esperar pelo reencontro dia 10 de julho, com a certeza que a cumplicidade entre banda e público não será a mesma, por ser num espaço maior, logo menos intimista. até porque a cumplicidade entre banda e público ontem foram indiscritíveis, só quem esteve presente consegue perceber o quão bom foi. e aquele final ao som de "About Today"... quantas pessoas conseguiram conter as lágrimas durante aquele final mágico?
ALINHAMENTO Brainy Secret Meeting Mistaken For Strangers Baby We'll Be Fine Slow Show Squalor Victoria Abel Wasp Nest Racing Like A Pro Ada Apartment Story Daughters Of The Soho Riots Fake Empire Start A War
ENCORE Green Gloves Mr. November Gospel About Today
faltam 2 dias para o aguardado concerto dos The National na Aula Magna. é o concerto mais esperado por mim de sempre. ainda por cima não podia vir em melhor altura, numa fase f#dida da minha vida... estou mesmo a precisar disto... e de uma garrafa de bushmills...
no suplemento ípsilon desta semana, vem o seguinte texto, com o qual não podia estar mais de acordo:
"De "You know I dreamed about you/for twenty nine years before I saw" a "You know I dreamed about you/for twenty nine years before I saw" vai um lento espectáculo de minúsculas torturas, seis anos de intervalo, o tempo que dista entre o primeiro e homónimo disco dos The National (2001) e o quarto e mais recente, "Boxer" (2007). À décima primeira canção do disco de estreia lá está a frase supra-citada. E no último disco, em "Slow show", a frase retornava, como que completando um círculo: ao início eram aspirantes à decadência charmosa e praticavam uma quase folk; em 2007 tornaram-se adultos, emparedados pela idade e como nós no intestino, não muito felizes com o sucesso.
A mesma frase assume portanto diferentes significados: da primeira vez era uma exacerbação romântica, da segunda era a alegria possível na resignação estável. Da primeira vez dizia-se: és um milagre; da segunda diz-se: apesar de tudo sempre te desejei. Mas se "Boxer", com os seus pianos, as suas cordas macias, os seus metais de veludo, é o disco de quem está em casa a ver o cotão debaixo do tapete sabendo que tem de se levantar e limpá-lo, dois anos antes "Alligator" era o disco de quem arrasava apartamentos em festa constante.
Festa desesperada, diga-se: aquela festa desbragada de quem sabe que dentro em breve o corpo vai ceder, o fígado vai ceder, o cérebro vai ceder e não se vai aguentar a ressaca.
"Alligator" foi o disco da explosão: pejado de guitarras angulares e berraria de Matt Berninger (o vocalista e letrista de afiadíssima pena), era uma ponte entre o indie-rock explosivo e o sangue dos Tindersticks. Foi subindo devagar, passando pela net, por concertos de uma entrega abissal (e, vá lá, algum álcool), rumo à consagração que é ter um lugar privilegiado na vida de quem o ouviu, de quem se reviu nas bebedeiras, na culpa, na auto-ironia, nas tiradas espertas que escondem qualquer coisa de maligno. "I used to be carried on the arms of cheerleaders", berrava Berninger, "Karen, put me in a chair, fuck me and make me a drink", cantava Berninger - e isto é, só pode ser, um homem a gozar com a sua impotência.
Tal como o disco anterior, "Boxer" foi sendo recebido com indiferença, dizia-se que não havia ali dinamite, que era muito lento, que era muito calmo, muito isto, muito aquilo. E quando se deu por ela já era quase unanimemente considerado o melhor disco do quinteto. Desde os Tindersticks não havia ninguém que cantasse toda uma geração assim. Levam uma quase obra-prima ("Alligator") e uma obra-prima ponto final parágrafo travessão ("Boxer") e que lhes corra muito mal a vida, que tanta devoção que lhes prestam precisa de pelo menos mais um grande disco. No Domingo do Senhor, na Aula Magna, serão muitos a rezar cada uma das palavras de Berninger, a celebrar cada explosão das guitarras, a tropeçar em cada nota delicada do piano. Que voltem muitas vezes, porque, apesar de tudo, estivemos muitos anos à espera de quem nos cantasse assim." João Bonifácio in Ípsilon
fica ainda a música que deu título ao nosso blog: The National _ "Abel"
tenho esta música a tocar em repeat dentro da minha cabeça...
Clinic _ "Distortions"
I’d like to know completely What others so discretely Talk about when they leave me Not that I notice when they’re gone
It’s serious, so scary I don’t know who to marry Your sister came to bait me Oh your sister came to bait me But I love it when you blink your eyes Oh I
I want to know my body I want this out not in me I want to know no secrets shared I weave Oh I weave care
You saved me once too often You never now how often I’ve pictured you in coffins My baby in a coffin But I love it when you blink your eyes Oh I
I want to know my body I want this out not in me I want no other leakage I want to know no secrets shared I weave Oh I weave Now I weave care
Free of distortions Free of distortions Free of distortions Free of distortions Free of distortions Free of distortions Free of distortions Free of distortions
acabadinho de estrear o novo vídeo dos Death Cab For Cutie, anunciando o novo álbum prestes a sair. reparem na letra lindíssima da música...
Death Cab For Cutie _ "I will possess your heart"
How I wish you could see the potential, The potential of you and me. It's like a book elegantly bound, But in a language that you can't read just yet.
You gotta spend some time, love. You gotta spend some time with me. And I know that you'll find, love, I will possess your heart.
You gotta spend some time, love. You gotta spend some time with me. And I know that you'll find, love, I will possess your heart.
And there are days when outside your window, I see my reflection as I slowly pass. And I long for this mirrored perspective, When we'll be lovers, lovers at last.
You gotta spend some time, love. You gotta spend some time with me. And I know that you'll find, love, I will possess your heart.
You gotta spend some time, love. You gotta spend some time with me. And I know that you'll find, love, I will possess your heart. I will possess your heart. I will possess your heart.
You reject my advances and desperate pleas. I won't let you let me down so easily, so easily.
You gotta spend some time, love. You gotta spend some time with me. And I know that you'll find, love, I will possess your heart. You gotta spend some time, love. You gotta spend some time with me. And I know that you'll find, love, I will possess your heart. You gotta spend some time, love. You gotta spend some time with me. And I know that you'll find, love, I will possess your heart. I will possess your heart. I will possess your heart.
ps: este post já tinha sido colocado, mas era importante ter a letra também, dai ter sido passado para aqui...
trio oriundo da Dinamarca que acompanha os Heavy Trash nesta mini-tour por Portugal. tanto fazem a primeira parte do concerto, como depois fazem de banda de suporte durante a actuação dos próprios Heavy Trash. não conhecia os PowerSolo até ontem me terem surpreendido pela sua grande performance no MusciBox. liderados com mestria por Kim Kix, um verdadeiro animal de palco muito visual, que faz mil e uma caretas durante o concerto e desce do palco para se vir meter com as señoritas presentes na audiência. boa atitude da banda que aqueceu muito bem o público, e inclusivamente interromperam uma música a meio para chamar a atenção a um espectador menos bem comportado.
com primeiro álbum de originais de longa duração editado no ano passado, os Battles são uma das bandas que mais se impunha ter por terras portuguesas nos próximos tempos... um dos momentos altos do álbum está documentado em vídeo numa colaboração com os UVA (United Virtual Artists), enjoy...